A devoção a Nossa Senhora é um penhor da eterna salvação

Assunção da Virgem Maria por Charles Le Brun

A devoção a Nossa Senhora não pode faltar na vida de nenhum cristão. E deve começar com graças dadas a Deus pelo riquíssimo presente que nos fez, dando-nos Maria. Ela não é somente a Mãe de Jesus; é também nossa Mãe. É a Medianeira de todas as graças: tudo nos vem de Deus pelas mãos de nossa Senhora. O mês de maio, mês de Maria, se encerra com a festa de Maria Medianeira (31 de maio).

Maria é nosso modelo de santidade. A simplicidade em que vivi, apesar da nobreza da sua família, nos ensina a resignação. A humildade com que viveu, embora soubesse que era a Mãe de Deus, é uma grande lição para nós.

O cuidado que ela sempre teve em fazer a vontade de Deus – eis a melhor lição de sua vida. Quando Deus quis, ela disse: “Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a sua vontade”. Sofreu tudo – pobreza, necessidades, perseguições – unida à vontade de Deus.

Cheia de graça, Nossa Senhora deve ser para nós um modelo de estima à graça divina. Vivamos sempre na graça de Deus, esforçando-nos para fazê-la crescer em nosso coração.

E o amor de Maria à pureza? Vivemos num tempo muito corrompido. E, no meio de todas essas corrupções, precisamos viver isentos delas. Recorramos frequentemente a Nossa Senhora, pedindo-lhe a graça da santa pureza e da modéstia, que protege e guarda a pureza.

Ajudados por Maria, poderemos imitar-lhe as virtudes durante a vida, e na hora da morte contaremos ainda com o seu auxílio. Devemos pedir-lhe sempre a graça de uma boa morte: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora da nossa morte.”

A Liturgia associa Nossa Senhora a todas as festas do ciclo de Cristo, mesmo porque ela esteve associada a todos os fatos aí comemorados. Além disto, há um grande número de festas de Nossa Senhora, comemorando-lhe a vida ou as prerrogativas: Natividade (8 de setembro), Apresentação (21 de novembro), Maternidade da SS. Virgem (11 de outubro), Purificação (2 de fevereiro), Dores (Sexta-feira depois do domingo da Paixão),e muitas outras. A Festa da Imaculada Conceição e da Assunção são dias santos de guarda.

Compreendendo o valor da proteção de Nossa Senhora, e para fomentar em nós a sua devoção, a Igreja multiplica as súplicas à Virgem santíssima, dedicando-lhe os sábados e os meses de maio e outubro. Enriqueceu o terço com muitas indulgências. Inculca a recitação do Angelus ou da Regina Caeli. Aprova as irmandades e confrarias de Nossa Senhora. Não se cansa de nos estimular o amor e a confiança em Maria, que, sendo a Mãe do nosso Salvador, será também a Mãe de nossa salvação. Foi ela que nos deu Jesus, será ela que nos dará a Jesus.

A devoção a nossa Senhora é um penhor da eterna salvação.

A Doutrina Viva – Catecismo do Pe. Álvaro Negromonte, Editora Vozes, 1939.

Última atualização do artigo em 11 de abril de 2025 por Arsenal Católico

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