1. “Deus é a caridade“. Ele tirou-te do nada. O corpo, com todas as suas faculdades, é seu presente. A alma, de infinito valor, recebeste-a de Deus; as criaturas ficaram sujeitas a ti; anjos te servem. Deus mesmo, por incompreensível amor, assumiu tua natureza; tornou-se menino, pobre; trabalhou, sofreu e morreu por ti. Fundou a Igreja para tua salvação, instituiu a santa Eucaristia, para se sacrificar mais vezes por ti e para tu O teres presente. Como correspondes a tanto amor?
2. Ainda outros benefícios te deu; teus pais, tuas condições de vida, tuas faculdades corporais e espirituais, inúmeras graças, repetido perdão – benefícios sem número. Quem é que dá e quem é que recebe? O Infinito – à ingrata criatura. E considera-te, talvez, apenas como o patrão ao criado? Não! Ele quer que lhe dês o nome de Pai. Terá Deus alguma vantagem em prodigalizar-te tanto amor? Não! Antes expõe-se a novas ofensas. Seu amor é todo desinteressado, é sem fim, sem limites. Não te envergonhas de preferir ao amor de Deus a afeição a alguma criatura e a interesses terrenos? Se outro tivesse recebido de Deus tudo que Ele te deu, talvez seu coração se abrasaria de amor. Mas tu?…
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 10 de janeiro de 2025 por Arsenal Católico