1. “Tu, porém, quando orares, entra no teu aposento e, fechada a porta, ora a teu Pai secretamente“. Na solidão é o próprio Deus que se digna vir e falar ao coração. Também Jesus, para rezar, retirou-se ao deserto. Como as distrações exteriores, deves evitar também as interiores, a saber: a excitação e os vãos pensamentos. Fecha o teu coração a toda ideia estranha, transformando-o num quartinho, para onde a cada instante poderás retirar-te, a fim de rezar. Procedes assim? Preparas-te para a oração, ou já começas a rezar, quando tua alma está ainda cheia de pensamentos mundanos?
2. Jesus mostra como deves rezar. Ele ensinou a oração das orações: o Pai-Nosso. Deu-te licença para chamares de Pai quem é teu Senhor absoluto. Onde o amor filial a teu pai? Onde o amor fraternal que deves a seus outros filhos? Rezando as palavras “que estais no céu“, deves elevar o coração da terra ao alto, onde unicamente poderás achar o eterno repouso. Quanto aborrecerias a terra, quanto bem farias, se pensasses mais no céu!
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 21 de março de 2025 por Arsenal Católico