1 – O repouso e a recreação são tão necessários como a ocupação e o trabalho. “Aquele que não quer nenhuma espécie de recreio, diz S. tomás, é uma pessoa perigosa e selvagem, e cai numa repreensível frouxidão“.
2 – Para que a recreação seja lícita e virtuosa, deve ter três condições, a saber: 1. honesta em sua natureza; 2. ordenada no seu fim; 3. moderada na sua duração.
3 – Os divertimentos devem ser primeiro que tudo honestos em sua natureza, isto é, não devem abranger nenhuma maldade, nem ser proibidos por nenhuma lei. Tais são os maus bailes, as cenas dramáticas lascivas, os jogos, onde se não tem outra coisa em vista senão o ganho, e outros semelhantes divertimentos.
4 – Os divertimentos devem ter um fim. Procurar o prazer só pelo prazer, o divertimento pelo divertimento, é isto uma opinião condenada pelos soberanos Pontífices; os divertimentos não devem ter outro fim senão recrear o espírito e o corpo fatigados. A medida pois do nosso divertimento deve ser regulada pela necessidade de recreação que é preciso tomar, a fim de reanimar o corpo e o espírito cansados. É juntamente deste modo, diz S. Francisco de Sales, que o viajante cansado procede, quando para e descansa, não para parar e descansar, mas unicamente para descansar e tomar o alimento necessário afim de mais depressa e facilmente prosseguir a viagem empreendida.
5 – O moralista, citado e aprovado por S. Tomás, diz que poucos divertimentos bastam na vida do homem, como pouco sal basta para temperar as comidas.
6 – Os divertimentos são como os alimentos; uns precisam mais, outros menos.
Direção para Viver Cristãmente pelo Rev. Padre Quadrupani, Barnabita, 1905.
Última atualização do artigo em 9 de março de 2025 por Arsenal Católico