Desamparado na cruz e com sede

1. a) Tão pouca consolação teve jesus de sua natureza divina que exclamou: “Deus meu, deus meu, por que me desamparaste?” Não se queixou do Pai Eterno, mas apenas manifestou ao mundo o auge das suas dores. Que diferente o teu proceder ao sofreres!

b) Semelhante desamparo por parte de Deus, desamparo só aparente, pode vir também sobre ti. Confia, então, mais em Deus, que é testemunha de tudo quanto pensas, falas e fazes, e pede-lhe o necessário conforto.

2. a) Em consequência de suma fadiga, da perda de sangue e do longo e cruel martírio, tornou-se sumamente penosa a sede de Jesus, tanto que ela o fez exclamar: “Tenho sede”. O autor das fontes e águas não tem uma gota d’água para o seu próprio alivio. Mas, além desta sede natural, teve outra ainda maior: a da nossa salvação. Quanto amor!

b) Ainda na cruz, agonizante, Jesus tem de experimentar a ingratidão humana, apesar de todo seu amor: “Eles, ensopada no vinagre uma esponja, lha chegaram à boca na ponta duma vara de hissope”. Assim o mundo trata seu maior benfeitor, quando este agonizante! Nunca deste algum vinagre a teu Jesus?

Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.

Última atualização do artigo em 11 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico

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