1. A infinita justiça e a incompreensível pureza de Deus não admitem no céu nada que não seja perfeitamente puro. As almas do purgatório sofrem males terríveis. Querendo arremessar-se a Deus, qual flecha ao alvo, são sempre repelidas, crescendo-lhes a saudade infinita que sentem sem cessar. Sofrem, além disto, penas que excedem as maiores desta vida. Acham-se entre estas almas talvez parentes teus, que com as outras bradam: “Compadecei-vos, ao menos vós outros que sois meus amigos, porque a mão do Senhor me feriu”.
2. a) Quão santo deve ser Deus, se tanto castiga a seus amigos! Concorrerá para teu proveito lembrares-te muitas vezes do purgatório, de suas horríveis penas e de sua longa duração.
b) Livrando as almas do purgatório, fazes grande bem a elas e a ti mesmo. Elas, enfim, unir-se-ão a seu Deus e serão gratas a ti enquanto estiveres no mundo e durante toda a eternidade. Deus, que recompensa o copo d’água, dado por seu amor, te reservará grandes recompensas no céu e será misericordioso contigo em seu tribunal, porque assim o prometeu aos misericordiosos. Que costumas fazer pelas almas?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 24 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico