É a nossa alma que os demônios querem

Entre os anjos que Deus criou, havia um muito belo, muito forte, muito sábio. Chamava-se lúcifer, Isto é: “Portador de luz”, por causa da sua brilhante beleza. Lúcifer reparou na sua própria beleza, força e sabedoria. Pensou: Que belo sou eu! Que forte! Que sábio! E não quis lembrar-se, que tinha tudo isto de Deus. Lúcifer foi orgulhoso.

Deus fez saber a todos os anjos, que deviam adorar a Deus e obedecer a Deus. E Lúcifer pensou: eu obedecer?! Eu, que sou tão belo, tão forte, tão sábio?! Não quero: “Eu não servirei”! A primeira desobediência a Deus, o primeiro pecado mortal.

O pecado de Lúcifer foi uma grande malícia, uma estúpida tolice, uma tremenda infelicidade.

Este pecado foi uma grande malícia, pois Lúcifer tinha tudo de Deus e agora não quis obedecer a este bom Pai. O pecado é uma grande malícia, porque ofende ao Pai do Céu.

O pecado de Lúcifer foi uma grande tolice. Revoltou-se contra Deus, mas Deus o tinha no seu poder. Ninguém pode contra Deus. O pecado é uma grande tolice, porque ninguém pode contra Deus.

O pecado de Lúcifer foi uma infelicidade, como agora veremos. Muitos outros anjos também não quiseram obedecer a Deus. Viam o mau exemplo e Lúcifer e o mau exemplo sempre prejudica os outros. Muitos anjos revoltaram-se contra Deus.

Então o Arcanjo São Miguel com os anjos bons combateu os anjos maus. São Miguel disse: “Quem é como Deus” Isto é: Ninguém é como Deus. O mesmo nome de São Miguel quer dizer: “Quem é como Deus?” São Miguel venceu e lançou os anjos maus no inferno.

E enquanto caíam, Deus os mudou. Deus tirou-lhes toda a sua santidade e toda a sua beleza: tornaram-se feios demônios. Também perderam muito de sua sabedoria e de sua força: uma cruzinha com água benta: e todos os demônios fogem.

O pecado mortal é malícia, tolice, infelicidade. Nós podemos ganhar os lugares, que os anjos maus perderam no céu. Por isso os demônios têm muita inveja de nós. Os demônios fazem todos os esforços, para nos fazer perder o céu. Perdemos o céu pelo pecado mortal. Por isso os demônios querem que façamos pecado mortal. Mas os demônios são como cães amarrados à corrente, que não podem fazer mal a quem não quiser chegar perto deles: podem ladrar, não morder. Assim os demônios nos podem tentar, mas se nós não queremos, não têm poder sobre nós. Só se fizermos pecado mortal, entregamos nossa alma ao poder do demônio.

Do nosso corpo os demônios se importam pouco, porque sabem que depois da morte se corrompe. É a nossa alma que os demônios querem. Como devemos nos defender? São estas as armas contra o demônio: o trabalho honesto, a confissão e a comunhão, a penitência, a oração, principalmente à devoção a Virgem Maria e as orações jaculatórias; por exemplo: “Das ciladas do demônio livrais-nos Senhor.”
A oração mais forte contra o demônio é o sinal da Cruz, principalmente se o fazemos com água benta.

Santa Tereza conta o seguinte: um dia eu estava rezando e apareceu a meu lado esquerdo um demônio numa forma terrível. Do seu corpo parecia sair uma grande labareda. Com uma voz terrível ele me disse: “por hora me escapaste, mas outra vez hei de apoderar-me de ti.” Eu fiquei com muito medo e fiz o sinal da Cruz. Desapareceu, mas logo depois voltou; e isto aconteceu duas vezes. Eu não sabia o que fazer. Finalmente aspergi o lugar com água benta e o demônio não voltou mais. O demônio tem medo da água benta por causa da oração da Santa Igreja Católica, com que foi benta esta água.

“São Miguel Arcanjo defendei-nos no combate, para que não pereçamos no tremendo juízo.”

Explicação do Pequeno Catecismo do Padre Jacob Huddleston Slater – cap. 19 / 1924

Última atualização do artigo em 25 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico

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