Para que estamos na terra?
Estamos na Terra para glorificar a Deus e conseguir, com isto, a eterna bem-aventurança.
O universo inteiro, e portanto também o homem, foi criado por Deus sobretudo para a sua glorificação. O universo é destinado a manifestar a onipotência, a sabedoria, a bondade, a beleza, numa palavra: a majestade de Deus. Tudo quanto vejo parece-me clamar: Ó Deus, como sois grande, como sois belo! Ora, sendo o homem uma criatura dotada de inteligência e livre arbítrio, cabe-lhe glorificar a Deus livremente; e o que ele faz procurando conhecê-lo, prestando-lhe honra e dedicando-lhe amor. Assemelhamo-nos aos operários na vinha. À tarde recebemos nosso salário.
Com que palavras nos lembra Jesus Cristo o nosso destino?
Jesus Cristo lembra-nos o nosso destino quando nos diz: “Uma só coisa é necessária”. E “procurai primeiro o Reino de Deus e sua justiça, que tudo mais vos será dado em acréscimo”.
A própria estrutura do corpo humano lembra ao homem que é destinado ao Céu; porquanto, ao invés dos irracionais, tem ele o andar ereto e os olhos voltados para o alto. Sendo, pois, o homem destinado para o Céu, ele é na Terra mero peregrino e sua vida terrena uma peregrinação. Entretanto, quantos esquecem o seu destino e só cogitam nos prazeres e bens da Terra! São aqueles convidados de que fala o Evangelho, os quais, uns por causa da fazenda, outros por causa duma junta de bois, outros por causa de mulheres, deixaram de comparecer ao banquete.
Como adquirimos a eterna bem-aventurança?
Adquirimos a eterna bem-aventurança:
1º procurando conhecera Deus;
2º observando-lhe os mandamentos;
3º fazendo uso dos meios da graça que pôs ao nosso alcance.
1º) É o próprio Cristo que diz: “Esta, porém, é a vida eterna, que Te conheçam a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (João, 17, 3). Ora, só pela fé, que nos ilumina a inteligência, podemos chegar a ter conhecimentos exatos e claros acerca de Deus.
2º) Ao jovem rico dizia Cristo: “Se, porém, quiseres entrar na vida, guarda os mandamentos”. (Mat. 19, 17).
3º) Como o enfermo tem necessidade do médico, assim precisa o homem das graças de Deus, que ilumina sua inteligência e enrobustece sua vontade.
Catecismo Escolar e Popular, Prof. P. Spirago – 1948
Última atualização do artigo em 27 de março de 2025 por Arsenal Católico