1. A inocência angélica é o que caracteriza São Luiz Gonzaga. A própria aparência do pecado o assustava; uma palavra pouco decente, proferida na infância, sem compreender-lhe o sentido, causou-lhe tão viva dor, que na primeira acusação sacramental caiu desfalecido, e que nunca, durante toda a vida, falava a este respeito, sem chorar amargamente. Cada semana se confessava com tão viva contrição, que julgavam muitas vezes que ia expirar. Sufocava os primeiros ímpetos. Tomava tanto a peito seus exercícios de piedade, que até com intensa febre não os omitia… Compara-te a ele, antes que o Eterno Juiz o faça!
2. Como preservativo contra o pecado e incentivo do amor a Deus, tudo em São Luiz era mortificado. Não levantava os olhos para ver pessoas de outro sexo, ainda que parentes; macerava o corpo com golpes e açoites; fazia outras penitências das mais rigorosas. Tinha tão profundo desprezo de si mesmo, que se considerava o pior dos homens. Buscava o insulto e a confusão, como outros a honra e glória. Oxalá tenham por máxima a palavra de São Luiz de Gonzaga: “Não se ama a Deus, quando não se tem um ardente e contínuo desejo de sofrer por seu amor”.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 15 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico