1. a) “Saiu Pilatos ainda outra vez fora e disse-lhes: Eis, aqui vo-lo trago fora, para que vós saibais que não acho nEle crime algum“. Como poderia Pilatos mandar açoitar a Jesus e tratá-lo com tamanha crueldade, se não achou culpa nEle? Mas foi só ele injusto para com Jesus? Não tens de acusar-te a ti, de nada?
b) “Eis aqui o homem“. Compara este Jesus com o do Tabor, ou do presépio, e de Nazaré. Exteriormente, todo desfigurado por ti! Interiormente, porém, continua a ser o mais belo entre os homens. Estimas mais a beleza da alma do que o bem-estar do corpo?
2. Os sacerdotes e todo o povo, longe de ficarem comovidos pelo triste espetáculo, gritaram com furor: “Crucifica-o, crucifica-o!” Que insaciável ódio! Que obcecação dum povo todo! Que dor para Jesus, ver-se assim pago pelos beneficiados! Não ouve nem uma única voz em seu favor… A mãe não o pode socorrer, os discípulos fugiram. Não fujas também, quando se trata da honra de Deus!
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.