A santidade e a justiça de Deus pressupõe um extremo ódio ao pecado. No próprio Filho de Deus, que assumiu a forma do homem pecador, a santidade divina procurou a satisfação. Persegue-o lá no berço, sujeitando-o à pobreza, ao frio, à humilhação; fá-lo fugir até longínquo país. trabalhar em pobre casebre; cobre-o de chagas, de sangue, de ignomínias; tira-lhe o sangue das veias e fá-lo morrer na cruz após martírios inauditos; tudo isto porque Jesus se responsabilizou pelos nossos pecados. Que mal não deve ser o pecado e quanto Deus não deve odiá-lo, se assim o persegue no Filho inocente!
2. Quanto não transluz da Incarnação, da vida e da morte de Jesus, sua infinita misericórdia! Deus era ofendido e é Ele que satisfaz pela ofensa. Ele se faz vítima em nosso lugar. Ele sofre o castigo que era a nós devido. A misericórdia apressa-se, para dar o ósculo da paz à própria justiça. Ambas, em aliança inefável, obrigam a confessar, em êxtases de fé, a infinita perfeição de Deus. Como pagarás a quem tanto te perdoou, e a quem tanto te ama?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 31 de março de 2025 por Arsenal Católico