Na antiguidade cristã, o dia de hoje era o “dia das rosas”, no qual os cristãos se presenteavam mutuamente com as primeiras rosas do Verão. Ainda hoje o Santo Padre benze, neste dia, uma rosa de ouro e a oferece a uma pessoa, ou instituição em sinal de particular atenção.
A flor dourada que brilha reflete a majestade de Cristo, com uma simbologia muito apropriada porque os profetas O chamaram “flor do campo e o lírio dos vales”. A fragrância da rosa, de acordo com o Papa Leão XIII, “mostra o odor doce de Cristo que deve ser difundido extensamente pelos seus seguidores fiéis” (Ata, vol. VI, 104), e os espinhos e o matiz vermelho relembram a Sua paixão”.
A Santa Igreja, como o faz no Advento, interrompe também na Quaresma a sua penitência. Demonstra alegria pelo toque do órgão, pelo enfeite dos altares e pelo rosa dos paramentos. Esta alegria é expressa de igual modo pela própria denominação deste Domingo, chamado de ‘Laetare’, que significa ‘Alegra-te’, e que corresponde ao início da antífona deste IV Domingo da Quaresma:
“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos todos os que amais; entregai-vos à alegria, vós que estivestes na tristeza para que exulteis e vos sacieis na abundância de vossa consolação. Ps. Alegrei-me com o que me foi dito: iremos à casa do Senhor.”
D. B. Keckeisen, OSB in Missal Quotidiano, 1947
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