Outros vos peçam, ó Mãe de misericórdia, o que quiserem, saúde, bens e proveitos temporais; quanto a mim, ó Maria, venho a pedir-vos coisas mais conformes aos vossos desejos e mais agradáveis ao vosso santíssimo Coração. Éreis tão humilde nesta terra, alcançai-me então a humildade e o amor dos desprezos. Éreis tão paciente nas penas; alcançai-me a paciência nas contrariedades. Éreis tão amante de Deus; alcançai-me o dom do santo e puro amor. Éreis toda caridade para com o próximo; alcançai-me a caridade para com todos, principalmente para com os meus inimigos. Éreis sempre unida à vontade de Deus; alcançai-me uma inteira conformidade com as disposições da providência. Numa palavra, vós que sois a mais santa das criaturas, ó Maria, tornai-me santo. Não é o amor que vos falta: podeis e já quereis negociar-me todos os bens; só uma coisa pode me impedir de receber as vossas graças: é, ou a minha negligência em vos invocar, ou a minha pouca confiança na vossa intercessão; mas a vós toca obter-me a fidelidade em vos implorar e a confiança nas vossas orações. São duas graças que vos peço sobre todas, e espero firmemente obtê-las de vós, ó Maria, minha Mãe, minha esperança, meu amor, minha vida, meu refúgio, meu socorro, e minha consolação! Assim seja.
As Mais Belas Orações de Santo Afonso, Coordenadas pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista e vertidas para o vernáculo por D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes, 1961.
Última atualização do artigo em 10 de janeiro de 2025 por Arsenal Católico