Santa e celeste Menina, que venceis já em graça todos os santos e anjos reunidos, ó vós, que sois a Mãe destinada ao meu Redentor e a grande medianeira dos miseráveis pecadores, tende compaixão de mim. É verdade, que, pelas minhas ingratidões contra Deus e contra vós, merecia ser dum e doutro abandonado; mas ouço dizer, e o creio por saber quanto a vossa misericórdia é grande, que não vos negais em tempo algum a socorrer a quem se recomenda a vós cheio de confiança. Ó criatura a mais sublime do universo, ó santa das santas, ó abismo, ó plenitude de graça, socorrei a um desgraçado que perdeu a graça por culpa própria. Sei que sois mui querida de Deus, o qual não vos nega coisa alguma; sei outrossim que vos comprazeis de empregar o vosso poder em favor dos pobres pecadores; ah! dignai-vos de mostrar a grandeza do vosso crédito junto de Deus, obtendo-me uma luz e chama tão poderosas, que me troquem de pecador em santo, e, desapegando-me de todo o afeto terreno, me abrasem de amor para com Deus. Fazei-o, pois o podeis, ó Soberana minha, fazei-o, pelo amor deste Deus que vos tornou tão grande, poderosa e misericordiosa. Assim seja.
(Oração da Novena da Natividade que começa no dia 30 de agosto e é rezada da seguinte forma: Cada dia rezai nove Ave Marias, e esta oração).
As Mais Belas Orações de Santo Afonso, Coordenadas pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista e vertidas para o vernáculo por D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes, 1961.
Última atualização do artigo em 10 de janeiro de 2025 por Arsenal Católico