Reconheço, ó meu Deus, que uma vida cheia de negligência, como a que levo, não vos pode satisfazer; eu mesmo, bem o sei, pela minha tibieza cerro a porta às graças que querereis conceder-me. Senhor, não me abandoneis ainda; continuai a usar de misericórdia comigo, porque quero erguer-me de tão miserável estado; serei de agora em diante mais diligente em domar as minhas paixões; seguir as vossas inspirações e cumprir todos os meus deveres; quero, em suma, fazer no futuro quanto em mim couber para vos comprazer, e nada omitir do que souber que vos é agradável. Ó meu Jesus, fostes pródigo de graças comigo, pródigo até dar o vosso sangue e vida pela minha salvação, justo não é que eu seja tão avaro convosco. Digno sois de toda a honra, de todo o amor; mereceis que suportemos com alegria todos os trabalhos, todas as penas, para vos agradarmos. Mas, divino Redentor meu, conheceis a minha fraqueza; ajudai-me com a vossa poderosa mão; em vós é que ponho a minha confiança. Ó Maria, Virgem imaculada, ajudai-me a vencer-me e tornar-me santo.
As Mais Belas Orações de Santo Afonso, Coordenadas pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista e vertidas para o vernáculo por D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes, 1961.
Última atualização do artigo em 23 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico