Quem vai para o inferno?

QUEM VAI PARA O INFERNO?

Para o inferno vão todos os que morrem com pecado mortal.

Jesus nos ensinou numa parábola, que, para entrar no céu, é preciso ter o vestido de festa, isto é, a graça santificante. Quem não tem este vestido nupcial será lançado numa cadeia escura, onde haverá choro e ranger de dentes. Esta cadeia é o inferno.

Jesus contou assim:

Um rei fez as bodas de seu filho, isto é, uma festa de casamento. O rei convidou muitas pessoas, mas elas não quiseram vir. Então o rei convidou os pobres, que mendigavam pelas ruas, e a grande sala do banquete ficou cheia.

Depois o rei entrou para cumprimentar os, que estavam à mesa, e encontrou um homem sem o vestido de festa. Os reis costumavam dar a todos os convidados um vestido de festa. Este homem também tinha ganhado uma roupa nova, mas a tinha vendido ou perdido por sua culpa.

O rei lhe disse: “Amigo, como vieste aqui sem vestido de bodas?” O homem não pode responder. E o rei disse aos seus criados: “Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores: aí haverá choro e ranger de dentes”.

O rei é Deus. Deus convidou primeiro os judeus, seu povo escolhido, para as bodas de seu filho, isto é, para sua Santa Igreja Católica, e pela Santa Igreja Católica para a felicidade do céu.

Mas os judeus não quiseram entrar na Igreja Católica. Então Deus convidou os mendigos das ruas, isto é, Deus convidou os pagãos. Os pagãos entraram na Igreja Católica pelo batismo e todos ganharam o vestido de bodas, a graça santificante.

Mas a graça santificante perde-se pelo pecado mortal. O homem sem vestido de bodas representa aqueles que perderam a graça santificante pelo pecado mortal.

Deus olha os convidados a ver, se todos têem a graça santificante e, quem não tema a graça santificante, fica condenado às trevas extremas, onde haverá choro e ranger de dentes. Assim Jesus sempre fala do inferno.

A quem Deus acha na hora da morte com pecado mortal, lança-o no inferno. Ali haverá choro e ranger de dentes.

Para o inferno vão todos que morrem com pecado mortal. O pecado mortal merece um castigo eterno. Quem comete um pecado mortal já está condenado ao inferno. Porém, Deus é misericordioso. Deus é misericordioso, quer dizer: Deus gosta de perdoar ao pecador arrependido. Mas Deus perdoa só até a hora da morte. Depois da morte não há mais perdão para o pecado mortal.

Diz-se que um tirano mandou amarrar um seu inimigo ao corpo de um defunto. Assim amarrado, o rei mandou lançar o homem num lugar deserto. Que estado desesperado! O corpo principiou a apodrecer, mas o homem não se pôde soltar dele. Depois da morte a alma vê toda a fealdade do pecado e sente mais horror de seu pecado do que de um corpo podre. Mas não se póde mais livrar de seu pecado. Por toda a eternidade estará como amarrado ao seu pecado mortal.

Todos os que têem feito pecado mortal, e morrem sem que seja perdoado, vão para o inferno. É uma grande tolice viver no pecado mortal, por exemplo em pecado desonesto, ou não ir à confissão e comunhão nem uma vez por ano, ou viver em outro pecado mortal. Pois estas coisas dão um prazer ou um cômodo muito pequeno e muitas vezes só aparente e levam um castigo eterno. Cristóvão Colombo foi o primeiro branco que veio á América. Os índios lhe davam muito ouro em troca de pequenos espelhos, corais e outras coisas de pouco valor.

Assim também os pecadores perdem um grande tesouro, a salvação da sua alma, por causa de umas pequenas satisfações, uns gozos aparentes de pecado.

O pecado mortal é uma grande tolice. Devemos ter compaixão daqueles que não se importam da religião, não se querem confessar, não vão à missa ou fazem escárnio daqueles que vão á igreja. Devemos pedir a Deus que lhes dê a graça do arrependimento e da conversão. Pois se morrem assim, serão condenados ao inferno.

Quando o demônio nos tenta ao pecado mortal, convém lembrar-nos do inferno.

Muitos guardam a inocência porque se lembram do inferno. É justo agradecer a Deus, por ter criado o inferno. Pois só o amor para com Deus muitas vezes não é bastante forte em nós para nos conservar no caminho do céu. Nestes casos, a lembrança do inferno defende a inocência.

Santo Inácio diz: “Que serve ao homem ganhar o mundo inteiro se perde a sua alma?”

Três moços costumavam reunir-se todas as noites e, comendo e bebendo, riam de Deus e da sua Santa Igreja Católica. Uma noite um deles estava triste e receoso. Perguntaram o que tinha. Ele disse: “Eu ouvi falar do inferno. Se houvesse um inferno seria ruim para nós”. Mas os outros riram-se e disseram: “Mas não há inferno! Isto são histórias dos padres”. Enfim, combinaram que quem morresse primeiro viesse contar aos outros se há inferno ou não.

Tempo depois vieram só dois. Esperaram, esperaram pelo terceiro, mas esse não veio. Tinha morrido de repente. Enquanto esperavam, de repente apareceu uma luz vermelha e nela viram com muito susto o seu companheiro. Nos eu rosto lia-se uma dor tremenda e um terrível desespero. Ele disse: “Há um inferno e eu estou nele”. E desapareceu.

O inferno é um lugar de castigo eterno, cheio de fogo.

“Do fogo eterno livrai-nos, Senhor”.

Explicação do Pequeno Catecismo, Pe. Jacob Huddleston Slater, Doutor em Teologia e Filosofia Escolástica, 2ª Edição, 1924.

Última atualização do artigo em 24 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico

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