1. Se Jesus tantas vezes tinha sua paixão predito e aguardado com santa impaciência, por que exclama agora no horto das Oliveiras: “Pai Meu, se é possível, passe de mim este cálice?” É porque tinha assumido toda a fragilidade da nossa natureza, que se assusta ante todo o sofrer. E que sofrimentos inauditos os que esperavam o Cordeiro Imaculado!… Mas Jesus acrescenta “se é possível”, isto é, salvar o gênero humano sem tão grande sofrimento e terrível morte. Seu amor transluz de todas as palavras. Por mais que o assuste a paixão, prefere sofre-la a nos ver condenados para sempre. Tudo por nós! Tudo por ti!
2. “Mas não se faça a minha vontade, e sim a tua”. Em Jesus havia uma dupla vontade, a humana e a divina. Sujeitava aquela a esta, por mais que tivesse de sofrer. Todos os teus pedidos a Deus devem basear-se nas mesmas condições: “Não se faça a minha vontade, mas sim a tua”. Passam brevemente as aflições e os desgostos desta vida.
Se Deus quer que sofras, conforma tua vontade com a dele. Quanto mais resignadamente sofreres, mais te assemelharás a Ele. A indenização na eternidade compensa tudo; mais: está acima de toda a imaginação.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 31 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico