Muito poucos são os conhecimentos que temos do bispo e mártir São Brás. Bispo de Sebaste na Armênia, sofreu S. Brás o martírio no ano de 316 por ordem do governador Agricoláo. Nas atas do martírio de S. Eustácio lê-se, que S. Brás juntou com muita reverência os ossos deste santo como de Sant’Orestes, vítimas da cruel perseguição de Diocleciano. A festa de São Brás é dia santo de guarda na igreja dos gregos. Esta determinação tem seu motivo na vontade do povo, que por este modo quis manifestar sua gratidão ao Santo, cuja invocação tem sido recompensada com muitas curas maravilhosas. A devoção de S. Brás tomou incremento também na igreja latina pela transladação das relíquias do Santo para o Ocidente no tempo das cruzadas.
S. Brás é invocado nas doenças da garganta. Em muitos lugares é dada hoje a bênção de São Braz. O sacerdote benze para este fim duas velas e diz sobre as pessoas que desejam ter a benção de S. Brás as seguintes palavras: “Pela intercessão do bem-aventurado bispo e mártir Brás, livre-te Deus de todos os males da garganta e de qualquer outro mal. Em nome do Padre e do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
REFLEXÕES
Em muitas dioceses existe o uso de no dia de hoje dar-se aos fiéis a benção de S. Braz. O sacerdote, de sobrepelizes e estola vermelha traz na mão esquerda em forma de cruz duas velas bentas e benzendo as pessoas que se apresentam diz: Por intercessão de S. Brás Bispo e Mártir defenda-te Deus contra os males da garganta e contra qualquer outro mal, em nome do Padre e do Filho e do Espírito Santo. Embora não seja obrigação nenhuma procurar esta benção, os fiéis não a deviam dispensar, desde que tenham ocasião de a receber. A benção da Igreja é salutar e eficaz, por ser da representante de Deus sobre a terra. Sua benção é a benção de Deus, da qual devemos procurar tornarmos dignos pela reta intenção e pelo fiel cumprimento dos nossos deveres.
Na Luz Perpétua, Leituras religiosas da Vida dos Santos de Deus para todos dos dias do ano, apresentadas ao povo cristão por João Batista Lehmann, Sacerdote da Congregação do Verbo Divino, Volume I, 1928.
Última atualização do artigo em 28 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico