1. a) Qual coroa de flores para uma câmara mortuária, os Magos deram a Jesus mirra, destinada ao embalsamento do corpo, quando morto.
Presépio e cruz, quantas relações! Aqui, Jesus, sofrendo, começa, lá, termina a obra da salvação. Como o princípio e o fim, assim sua vida toda era penetrada pela mirra do sofrimento. Sofreu por ti: e tu?
b) Jesus continua a expor-se a ultrajes no Tabernáculo. Ousarás ainda queixar-te de desgostos e incômodos? “O discípulo não está acima de seu mestre”.
2. a) “Tanto progredirás na virtude, quanto te vencerás.” Resignadamente sofrendo, provas teu amor a Deus, expia pecados, enriqueces-te de méritos, assemelhas-te a Jesus. Por maior ingratidão, injúria ou dor que sofras, a cruz do Salvador era mais pesada. Julgas sofrer sem o merecer? Inocente em um ponto, não o és em muitos outros.
b) Amor verdadeiro é aquele que procura a cruz, tirando-a dos ombros de Jesus que vai adiante. Não passem, pois, infrutuosamente as ocasiões quotidianas de mortificar olhos e ouvidos, paladar e língua, de vencer loquacidades, tristeza, impetuosidade e caprichos.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 30 de março de 2025 por Arsenal Católico