1. “Não queirais ajuntar para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e a traça os consomem e onde os ladrões os desenterram e roubam“. Jesus, ao exortar-nos para não ajuntar tesouros na terra, quer o nosso proveito. Na terra não existe o que possa saciar a sede de felicidade do coração. Os bens da terra são ilusórios; todos são breves e limitados, muito perigosos, outros diretamente nocivos. Se esta noite te pedissem tua alma, o que te valiam todos os prazeres desfrutados hoje, ontem e nos outros dias do passado, todas as honras gozadas, todos os bens acumulados?
2. a) “Mas ajuntai para vós tesouros no céu“. O céu é a tua pátria; para lá tens de caminhar. Negar-te-ão, porém, entrada, se não enviares para lá, de antemão, tesouros eternos, isto é, obras boas. Na eternidade é impossível adquirir alguma coisa; o tempo atual é, portanto, precioso.
b) Algumas moedas ainda não formam um tesouro; o mesmo se dá com as boas obras. Não deves ajuntar algumas, mas tantas que formem um tesouro, no rigor da palavra, e digno de figurar entre os tesouros dos Santos.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 23 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico