1. Trabalhar é esforça-se. Ocupar-se ainda não é trabalhar; há ocupações que mais se assemelham à ociosidade do que ao trabalho. Este supõe vencer dificuldades. À lei do trabalho todos estão sujeitos. Desde que Adão se rebelou, o homem foi condenado a trabalhar no suor do rosto. Em nenhum campo de ação, profano ou religioso, se faz algo de valor sem esforço, sem trabalho. Ainda que outros por ti trabalham, não tens o direito à ociosidade… Como gastas o teu tempo?
2. A vida não te foi dada só para gozares na terra. O viajante, ainda que de quando em vez descanse, procura caminhar adiante. Levou Jesus uma vida ociosa? Não! Ele trabalhou até que na cruz pôde dizer: “Tudo está consumado”. Eram ociosos os Santos? Não! Nem os mártires magnânimos, nem os apóstolos incansáveis, nem os penitentes, nem as virgens zelosas, nem os confessores ativos. Não te confunde seu exemplo? Como poderás, um dia, aparecer em seu meio, se não te esforçares mais? Ainda que o descanso justo e recreios moderados nada tenham de mal, lembra-te que cada minuto é precioso. O que perdes, perdes para sempre.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 11 de abril de 2025 por Arsenal Católico