1. A abençoada casa de Isabel foi o teatro de muitas e extraordinárias graças. A Santíssima Virgem, instruída pelo Espírito Santo, faz, sem demora, uma visita à sua virtuosa prima Isabel. Não se queixa da obrigação de deixar o lar querido e de ter que atravessar quase toda a Judéia, para ir de Nazaré a Hebron, nem alega como desculpa seu estado, ameaçado por tão longa e perigosa jornada. Ao conhecer a vontade de Deus, logo parte e caminha apressadamente… Não há nada que custe, quando se ama. Nas obrigações que contrariam tua vontade, mostrarás se amas ou não a Deus.
2. Maria, a Santíssima Mãe de Deus, excede em tudo a Santa Isabel. Pouco importa; ela a visita, e, atenciosa, obsequiadora e prestativa para com todos, fica três meses em sua companhia, servindo-a. Sua caridade é sobrenatural; não é tanto por urbanidade nem só por afeição humana que assim procede, mas para corresponder à vontade divina.
A caridade de Maria é benéfica. Pela sua saudação, São João Batista é purificado da nódoa original, e Santa Isabel reconhece o Messias, e Zacarias, mudo havia seis meses, recobra a fala. Não são menores as graças, que Maria alcança a seus devotos. Pertences realmente a estes? Quantas graças, neste caso, poderás receber! Quanto consolo na hora da morte!
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 16 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico