Castidade é a virtude moral que modera ou exclui o apetite da deleitação venérea, segundo o estado de cada um. Exclui a deleitação sensual nos solteiros e nos viúvos; modera-se nos casados, aos quais não é, lícito fazer uso do matrimônio de maneira que impeçam a geração. A castidade é virtude que dispõe o homem para a perfeição das operações intelectuais. Acerca da castidade escreve o Apóstolo São Paulo: «Não reine o pecado no vosso corpo mortal de maneira que obedeçais às suas concupiscências, nem tão pouco entregueis os vossos membros ao pecado como instrumento de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus como ressuscitados dos mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos de justiça (ou de virtude). Caminhemos como dia, honestamente, não com glotonerias e em embriaguez, não em deshonestidade e dissoluções, mas revesti-vos de Jesus-Cristo, e não procureis satisfazer a carne em suas concupiscências». Ep. Rom. VI. 12, XIII, 13. E escreve ainda o mesmo Apóstolo: «Andai segundo o espírito e não satisfareis os desejos da carne. As obras da carne são manifestas, e os que tais coisas cometem não possuirão o reino de Deus». (Ep. Gal. V, 16, 19).
Devemos considerar o nosso corpo como instrumento da nossa alma para praticarmos ações boas, atos de virtude que agradem e dêm glória a Deus. Devemos: recusar aos sentidos tudo o que possa despertar algum prazer sensual: fugir das ocasiões de tentação; resistir prontamente aos movimentos desordenados da carne; praticar a mortificação; tratar com honra o nosso corpo e o corpo dos nossos semeIhantes; fazer oração assídua pedindo as graças precisas para guardar a virtude da castidade; recorrer aos sacramentos de confissão e da comunhão com alguma freqüência: suplicar auxílio da Virgem Maria nossa Mãe do Céu.
As causas exteriores que provocam ao pecado contra a castidade são: a ociosidade, as más leituras, as más companhias, as modas imodestas, os espectáculos, os bailes, as assembléias mundanas. «Saiba cada um de vós possuir o seu corpo em santificação e honra», diz o Apóstolo São Paulo (Ep Tesal. lV, 4)
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