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Céu é o estado e lugar de suprema felicidade, no qual os Anjos e os homens justos gozam por toda a eternidade a visão de Deus, face a face. É tal a felicidade que se goza no Céu, que o Apóstolo São Paulo escreve: «Nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais subiu ao coração do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam» (Ep. I Cor. II, 9). Isto bastaria para desejarmos o Céu, ainda à custa de todos os sacrifícios, porque todos eles são passageiros e o gozo do Céu é eterno. O Céu é a recompensa das virtudes praticadas neste mundo, o prêmio de todas as humilhações sofridas por amor de Jesus Cristo, como diz o Apóstolo São Paulo: «Eu tenho para mim que as penalidades da vida presente não têm proporção alguma com a glória vindoura, que se manifestará em nós» (Ep. Rom. VIII, 18). Esta glória vindoura no Céu é para a alma e para o corpo: «O corpo semeado na corrupção ressuscitará na incorrupçào, semeado em vileza ressuscitará em glória» (Ep. I Cor. X V, 42). Pela alma «veremos Deus como Ele é» (Ep I S . Jo. III, 2), e a essa visão perfeita corresponderá um amor total que nos transformará de tal sorte que «seremos semelhantes a Deus» (Idem).

Diz-se que o Céu é não só estado de gozo perfeito mas também lugar, porque, embora as almas não ocupem um lugar à maneira dos corpos, é certo que separadas do nosso corpo estão em alguma parte, visto que são imortais; e, como os nossos corpos ressuscitarão e viveremos eternamente em alma e corpo, certo é que em algum lugar viveremos, como em algum lugar estão os Anjos e os Santos. Onde seja o Céu não sabemos porque Deus não o revelou. Indicamos o Céu como sendo acima do que os nossos olhos descobrem, e essa indicação é fundada na Sagrada Escritura, dizendo que Jesus Cristo subiu ao Céu. Não custa a crer que acima de todos os astros exista um espaço de grandeza imensa para habitação dos eleitos de Deus.

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