Demônio. Dá-se o nome de demônios aos Anjos que pecaram e que Deus castigou com os tormentos do inferno, como ensina a Sagrada Escritura, dizendo: «Deus não perdoou aos anjos que pecaram, e precipitou-os no abismo do inferno, para serem atormentados» (Ep. II S. Ped. II, 4). O demônio é espírito maligno, que pela mentira seduziu os nossos primeiros pais, levando Adão a cometer o pecado original, de que resultou a morte e todos os sofrimentos da humanidade.
Rebelde a Deus e punido por Deus, tem ódio a Deus, e o seu empenho é levar os homens à revolta contra Deus, para serem punidos como ele.
Os demônios não são maus por natureza, mas por vontade. Tentar para fazer o mal é próprio do demonio; o mundo e a carne são instrumentos seus para nos tentar (Ep. Efes. VI, 11, 12). Pode exercer uma ação imediata sobre o homem, não diretamente sobre a inteligência e sobre a vontade, e sim sobre a imaginação e sobre o apetite sensitivo; permitindo-o Deus também pode exercer a sua ação maligna sobre os objetos exteriores e sobre o nosso corpo, sendo causa de males físicos que sofremos (Ev. S. Mat. X V II, VIII). Pode conhecer as coisas exteriores materiais, mas não pode saber o que se passa no íntimo da nossa alma, se não o manifestarmos por algum sinal exterior.
Podemos vencer as tentações do demônio com o auxílio da graça divina, que obtemos por meio da oração, da penitência e da vigilância.
O Apóstolo São Pedro deixou-nos esta advertência: “Sêde sóbrios e vigiai, porque o demônio, vosso adversário, anda ao redor de vós como um leão que ruge, buscando a quem devorar; resisti-lhe, fortes na Fé, sabendo que os vossos irmãos que estão espalhados peio mundo sofrem a mesma tribulação” {Ep. IS. Ped. V, 8, 9).
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