1. Se amas a Maria, tua Mãe, não te pode ser indiferente nada que a ela se refere. Vê-a, pois, novamente, junto à lapinha de Jesus. Sua alegria na pobre gruta de Belém era indizível. Tinha diante de si a quem há tanto tempo e tão vivamente esperara. Viu satisfeito o desejo do mundo inteiro. Mais ainda: pôde chamar de filho ao Salvador, seu filho e seu Deus ao mesmo tempo. Alegrando-te com tua Mãe, pede-lhe que não se esqueça de seres outro filho seu que tanto precisa de seu cuidado maternal.
2. No meio desta alegria a Santíssima Virgem sentia imensa dor, ao pensar no futuro de seu Filho, que veio à terra para sofrer. Ela, que o tinha tão gentil e mimoso diante de si, veria Seu rosto esbofeteado, coberto de escarro e sangue, Sua cabeça coroada de espinhos, Suas mãos e Seus pés traspassados por grossos pregos, Seu peito aberto por uma lança, tendo em vez do presépio uma cruz por leito. E, todavia, essa heroica Mãe não se opôs a este oceano de dores, em que o filho seria submergido. Pede-lhe perdão da dor imensa e incessante que teus pecados lhe causaram.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 28 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico