1. Numa era de incredulidade, em um país da culta Europa, onde mais ousadas eram as investidas dos inimigos de Deus para arrancar dos corações a última centelha de fé, a Virgem Imaculada aparece a uma pobre e ignorante pastora. Um grito de alarma, proferido pela incredulidade, passa pelo país: “Não pode ser! Não dever admitido! Não há milagres!” A polícia, o poder brutal dos que mandam, a pena dos jornalistas e escritores, embebida no veneno da calúnia, tudo foi empregado para abafar a nascente veneração em Lourdes. Debalde! Maria é mais poderosa, e já não se contam por milhares, mas por centenas de milhares os romeiros de todos os países que anualmente afluem a Lourdes.
2. Ainda há milagres, ainda hoje. Lourdes continua a apresentá-los tão grandes, tão extraordinários e frequentes que a ciência humana, depois dos mais rigorosos exames, não pode deixar de reconhecê-los como tais. Cegos recuperam a vista, surdos o ouvido, todas as classes de doentes a saúde. Não recorrerás também a ela em tuas doenças de corpo e alma? Ou nada tens a pedir? Pede a Maria, tua carinhosa Mãe, que te faça conhecer quanto te falte, e inspire confiança filial em seu amor materno.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.