1. A vida de Jesus no seio de Sua Mãe foi uma vida de santa solidão. Na fraqueza duma criança Ele esconde Sua onipotência, Sua sabedoria, Sua divindade. Não é, pois, exagerado consagrares a Jesus algumas horas, não persistires sempre em teu direito, e ocultares por amor a Ele o que talvez tenhas de apreciável. Ninguém, senão a Santíssima Virgem, sabia da voluntária solidão de Jesus. Ele ensina-te a não procurares ver tudo e ser visto por todos, mas a recolheres-te e conservares-te oculto, tendo somente a Deus por testemunha do bem que fazes.
2. Jamais encontrarás melhor modelo de humildade que Jesus no seio de Sua Mãe. No presépio, ao menos, está Ele patente aos olhos dos homens, os anjos entoam Sua glória, os pastores O adoram, os magos prostram-se diante d’Ele. Ali, porém, os magos prostram-se diante d’Ele. Ali, porém, tudo é obscuridade, tudo solidão; está no mundo e ninguém, a não ser Maria, vem dar-lhe as homenagens que lhe são devidas. Por isso o grito de espanto que solta a Santa Igreja: “Vós não tivestes horror ao seio da Virgem!” Digno começo duma vida que não era senão uma série de humilhações! Compara com ela teus sentimentos e atos.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 27 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico