1. Há um inferno, e ele é profundo e terrível acima de toda descrição. A razão e a fé nos falam de sua existência e de sua natureza. onde, se não houvesse inferno, acharia o mal a sua punição? Seria Deus só misericordioso, sem ser também justo? N’Ele todas as divinas perfeições são iguais. Jesus, o bom, o manso, o compassivo, não menos de 15 vezes fala no Santo Evangelho do fogo infernal, fogo criado pela justiça ofendida, fogo abrasador que arde fóra e dentro do corpo. Não há que fugir a esta verdade. Quem poderá suportar este castigo do pecado?
2. O desespero dos condenados é indescritível. “Eu podia facilmente salvar-me”, brada-lhes, sem cessar, a própria consciência. Era tão fácil, e eu, por leviandade, não o fiz. Estão em trevas terríveis. Desapareceu-lhes o sol a luz eterna: Deus. Sem Deus, por toda a eternidade! “Apartai-vos de mim, malditos”, assim lhes falou quem é toda luz, beleza, vida, riqueza e verdade; assim lhes falou a quem agora queriam amar, ardentemente, para também serem amados. É tarde. Afastou-se o mundo, afastou-se Deus; nenhum consolo, pois. Um pecado – um inferno; mil pecados – mil infernos! No inferno há moços e velhos, seculares e religiosos. Estarás tu seguro?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 6 de abril de 2025 por Arsenal Católico