1. Quem te dera não teres necessidade de rezar: “Perdoai-nos as nossas dívidas!”
Dívidas ingentes são teus pecados; pecados esses, contados desde os primeiros dias do uso da razão! Quem lhes conhece o número? Pecados, cujo número não se diminuiu com o conhecimento da bondade de Deus. Pecados, cujo peso fez cair Jesus por terra no monte das Oliveiras e sair-lhe o sangue. E Jesus, que te manda pedir perdão de tão ingente dívida, também promete a remissão por meio de sincero arrependimento, acompanhado da exposição franca no tribunal da penitência. Como deves sentir ter ofendido a um Deus que nada de mal te fez!
2. “Assim como nós perdoamos aos nossos devedores“. Guardas em teu coração algum rancor contra o próximo? Seria a tua própria condenação. Perdoa ao próximo como Deus perdoa a ti, isto é, perdoa logo, perdoa tudo, perdoa sem reserva, sendo depois amigo sincero. Dá o primeiro passo, quando for necessária alguma reconciliação, e assim terás duplo mérito e maior direito ao perdão de Deus. Quanto mais custa, tanto mais Deus te estima e te recompensa.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 22 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico