1. Natal!… Abstraindo de tudo, tem hoje olhos e ouvidos só para Belém. A quem vês na obscura gruta? Teus olhos corporais divisam uma criancinha pobre, tenra, desabrigada, tremendo de frio; teus olhos espirituais veem “o Verbo que se fez carne e habitou entre nós“. A fé não se escandaliza pelas miseráveis faixas, pela falta de todo cômodo, pela ausência de sinais que manifestassem Sua divindade. Pobre veio Jesus, para que também O amem os que são pobres, em bens ou em virtudes; veio amável, para cativar os corações. Seu amor só com amor podes pagar.
2. Os olhos corporais enxergam uma mãe em excessiva pobreza, a quem tudo falta para acomodar seu tenro filhinho. A fé, porém, vê nela a mais feliz das mães, a quem chamarão bem-aventuradas todas as gerações. Em santidade e pureza ninguém a iguala. Outro céu e outra terra Deus podia criar, mas outra mãe mais perfeita, não. Ao lado de Maria está seu casto esposo, agora ricamente recompensado pelas duras provações a que antes esteve sujeito. Recorre a eles para que te recebam em sua companhia, pois só ela garante uma felicidade sem limite, sem fim!
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 27 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico