Trazemos, Senhor, à vossa presença as culpas nossas, e com elas comparamos as penas que estamos sofrendo.
Se ponderamos o mal por nós praticado, – confessaremos que pouco é o que sofremos, – e muito o que merecemos.
Graves são as culpas que cometemos, e leves as penas que padecemos.
Embora sintamos as penas dos pecados, – com a mesma contumácia continuamos a pecar.
A nossa fraqueza sucumbe aniquilada sob os vossos rudes golpes, e inalterável fica a nossa malícia.
Tristeza invade e tortura a nossa alma,- mas dura e altiva, a cerviz não se curva.
A vida geme no meio das suas dores, mas das suas obras não se emenda.
Sendo poupados, – não nos convertemos, – e castigados, não perseveramos.
Sentindo o castigo, confessamo-nos pecadores; passada a visitação, já nos não lembramos das lágrimas vertidas.
Se estendeis o braço ameaçador, – prometemos emenda, – se retirais a espada, não cumprimos a promessa.
Se castigais, clamamos misericórdia; se vos compadeceis, tornamos a provocar o castigo.
Havei-nos, Senhor, como réus penitentes; – sabemos que com justiça havemos de perecer, – se nos não perdoardes.
Concedei-nos, pois, ó Deus onipotente, o que vos pedimos, sem para isso termos merecimento, vós que do nada nos criastes, afim de que a vós possamos dirigir as nossas súplicas. Por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Não nos trateis, Senhor, segundo os nossos pecados.
Não nos retribuais segundo as nossas iniquidades.
Oremos.
Senhor, nós vos rogamos, ouvi clemente os rogos do vosso povo, e, ainda que justamente castigados de nossos crimes, mova-vos a glória do vosso nome a livrar-nos. Por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Assim Seja.
Pai Nosso, Ave Maria…
Magnificat, Devocionário para uso comum e particular dos fiéis no convento e no século – Pe João Batista Lehmann, 1942.
Última atualização do artigo em 17 de março de 2025 por Arsenal Católico