Pai onipotente e santíssimo, ainda que eu não seja mais que uma pobre e vil criatura, concedei-me renuncie nas Vossas mãos a minha própria vontade.
Eu me ofereço em sacrifício inteiramente à Vossa divina vontade, – desejo que esta amabilíssima vontade se cumpra sempre em mim, – tanto no corpo como na alma, – no tempo como na eternidade.
Unindo-me àquela divina resignação, com que Jesus se entregou no Horto das Oliveiras à Vossa santíssima vontade, apropriando-me sua intenção, sua palavra e seu Coração, digo-Vos e torno a dizer mil vezes:
Ó meu Pai, – Vossa vontade e não a minha se cumpra no tempo e na eternidade.
Ó bom Jesus, eu me ofereço a Vós, e me entrego nas Vossas mãos, com a disposição de me conformar com as aflições, as adversidades, que me houverdes de mandar.
Recebê-las-ei de bom grado, e as suportarei com paciência que me derdes, unindo-me ao amor, com que recebestes as penas, as injúrias, e as calúnias que Vosso Pai permitiu sofrêsseis.
Dignai-Vos conceder-me a paciência e as forças necessárias, – para suportar com ânimo as tribulações, – e fazei que sejam para glória Vossa, – para salvação minha, e de todos os pecadores, – e alívio das almas do purgatório. Assim seja.
Magnificat, Devocionário para uso comum e particular dos fiéis no convento e no século – Pe João Batista Lehmann, 1942.
Última atualização do artigo em 17 de março de 2025 por Arsenal Católico