Meu Deus, quando mais disposto estais a nos salvar, então pareceis ficar mais embravecido contra nós; mas as vossas ameaças só tendem a nos dar arrependimento dos nossos pecados. Com o santo rei David vos dizemos: Socorrei-nos nas nossas tribulações. Senhor, fazei que a desgraça que nos aflige atualmente nos abra os olhos e faça deixar o pecado, pois, se não o deixarmos, acarretar-nos-á um castigo sem fim, a condenação eterna.
A vós suplico, ó Deus meu, puni-me nesta vida, porque, se me poupais, serei castigado na outra. Meu Pai, confesso a minha culpa; mais fiz ofendendo um Pai que tanto amor me tem, não mereço mais chamar-me vosso filho; perdoai-me, e recebei-me ao menos na qualidade de servo; dai-me a vossa amizade e depois puni-me como fordes servido.
O castigo que sofro, ó meu Deus, é muito pouca coisa para os meus pecados; devia estar no inferno, abandonado de todo o mundo, no desespero. Graças vos dou, Senhor, por me chamardes a vós pela aflição que me enviais.
Justo sois, Senhor, e com razão nos punis. Aceitamos as aflições que nos enviais; dai-nos a força de sofrê-las com paciência.
Ó Mãe de Deus, já que sois a protetora dos miseráveis, exercei o vosso emprego, ajudai-me, porque na minha desgraça estou perdido, se não me estendeis a mão.
As Mais Belas Orações de Santo Afonso, Coordenadas pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista e vertidas para o vernáculo por D. Joaquim Silvério de Sousa, Editora Vozes, 1961.
Última atualização do artigo em 17 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico