(De Santo Afonso de Ligório)
℣. Dulcíssimo Jesus, que, entregue no jardim das Oliveiras a uma tristeza mortal, orastes a vosso Pai em tão dolorosa agonia, que vos fez suar sangue, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, – tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que, traído pelo ósculo de Judas, fostes entregue às mãos dos vossos inimigos, preso e manietado por eles, e abandonado de vossos discípulos, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que fostes declarado digno de morte pela assembléia dos judeus, e depois na casa de Caifás, tendo os olhos vendados, fostes esbofeteado, coberto de escarros e escarnecido, tende piedade de nós
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que fostes conduzido como malfeitor à presença de Pilatos, e depois desprezado e tratado como insensato por Herodes, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que fostes despojado dos vossos vestidos, atado a uma coluna e barbaramente açoitado, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que fostes coroado de espinhos, coberto com um pedaço de púrpura, ferido e saudado por zombaria como rei dos judeus, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que fostes rejeitado pelos judeus, posposto a Barrabás, e em seguida condenado injustamente por Pilatos ao suplício da cruz, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que fostes carregado com o madeiro da cruz, e conduzido à morte como um inocente cordeiro, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que fostes cravado na cruz, colocado entre dois ladrões, escarnecido e ultrajado, e agonizastes durante três horas no meio dos mais horríveis tormentos; tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que depois da vossa morte na cruz, tivestes o lado aberto por uma lança, em presença de vossa Mãe santíssima, e derramastes pela chaga sangue e água, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que fostes deposto da cruz e colocado nos braços de vossa afligida Mãe, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Dulcíssimo Jesus, que, coberto de feridas e com os sinais de vossas cinco chagas, fostes depositado no sepulcro, tende piedade de nós!
℟. Tende piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!
℣. Ele verdadeiramente tomou sobre si nossas fraquezas,
℟. E carregou-se de nossas dores (ls 53).
Oremos. Ó Deus meu, para resgatar o mundo, quisestes nascer e receber a circuncisão, ser condenado pelos judeus, traído por um ósculo do pérfido Judas, encadeado, levado para o sacrifício como um inocente cordeiro, arrastado com tanta ignomínia diante de Anás, Caifás, Pilatos, Herodes, acusado por falsas testemunhas, flagelado, esbofeteado, carregado de opróbrios, coberto de escarros, coroado de espinhos, ferido com uma cana tendo os olhos vendados, despojado de vossos vestidos, pregado num patíbulo, levantado na cruz, colocado entre ladrões, abeberado de fel e vinagre, e traspassado por uma lança. Ó Senhor, em nome dessas santas dores, que venero, ainda que indigno, suplico-vos por vossa santa cruz e morte, livrai-me do inferno, e dignai-vos de levar-me para onde levastes o bom ladrão crucificado convosco. Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos. Assim seja.
Magnificat, Devocionário para uso comum e particular dos fiéis no convento e no século – Pe João Batista Lehmann, 1942.
Última atualização do artigo em 10 de maio de 2025 por Arsenal Católico