1. a) “Se o deixarmos… virão os romanos”. Os inimigos de Jesus, reunidos contra Ele em conselho, assim falam, não por temor, mas por hipocrisia. Bem sabem que Jesus não aspira nenhuma poder temporal. A inveja tem sempre o que censurar, ora exagerando o que há, ora inventando onde nada encontra. És, de todo, livre de tão indigno e repugnante vício?
b) Os judeus mais tarde sofreram o justo castigo que com sua iniquidade procuravam afastar de si: vieram os romanos a destruir a cidade e exterminar seu povo. O mesmo Deus ainda hoje vive e pagará o bem e o mal, segundo cada um merecer.
2. “Convém – diz o sumo pontífice – que morra um homem pelo povo e que não pereça toda a nação”. Quem deverá morrer? Um inocente, um profeta, cujos milagres os próprios inimigos confessam? Sim, é melhor que Ele morra, mas ai do juiz injusto a quem toca a inteira responsabilidade! É melhor para a humanidade, porque a Providência divina sabe servir-se dos maus para conseguir o bem. Confia nela sempre. Onde há maior aflição, lá mais perto está o auxílio de Deus. Ainda que os homens te persigam: Deus sabe escrever direito por linhas tortas.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 8 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico