Assim como o bom soldado não tem medo do combate, assim também o bom cristão não de vê ter medo da tentação.
Todos os soldados são bons em guarnição: é no campo de batalha que se faz a diferença dos corajosos e dos covardes.
A maior das tentações é não ter tentações. Quase se pode dizer que somos felizes de ter tentações: é o momento da colheita espiritual em que ajuntamos para o céu. É como no tempo da ceifa: a gente se levanta de manhã bem cedo, dá-se muito trabalho, mas não se queixa, porque junta muito.
O demônio só tenta as almas que querem sair do pecado e as que estão em estado de graça. As outras são dele, ele não precisa tentá-las.
Se estivéssemos bem penetrados da Santa presença de Deus, ser-nos-ia facílimo resistir ao inimigo. Com este pensamento: Deus te vê! Nós não pecaríamos nunca.
Havia uma santa que se queixava a Nosso Senhor depois da tentação e lhe dizia: “Onde estáveis então, meu Jesus amabilíssimo, durante essa horrível tempestade”. Nosso Senhor respondeu-lhe: “Eu estava no meio do teu coração, gostando de te ver combater.”
Um cristão deve sempre estar pronto para o combate. Assim como em tempo de guerra há sempre sentinelas colocadas aqui e acolá para ver se o inimigo se aproxima, assim também devemos estar sempre alerta, para ver se o inimigo nos armas ciladas, e se nos vem surpreender…
(Extraído do Livro: Pensamentos escolhidos do Cura d’Ars – 1937)
Última atualização do artigo em 25 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico