A santa pureza

1. A santa pureza, a mais bela das virtudes, requer vigilância assídua. Antes de tudo guarda teus olhos, pois, por eles, as mais das vezes, entra a morte na alma. Suposto que um olhar indiscreto já não seja pecado, quão facilmente conduz ao mal! A curiosidade leviana de olhar para tudo e de querer tudo saber, a ociosidade, a falta de energia consigo mesmo, a repugnância à mortificação, tem reduzido fortalezas, até então nunca tomadas, a simples montão de cinzas. “Quem ama o perigo, nele há de perecer”. Prefere ser tido, nesta virtude, antes por exagerado, do que por leviano.

2. Vindo tentações, é da maior importância resistir-lhes imediatamente, e do modo mais enérgico. A irresolução, a tardança, muitas vezes é chorada, antes que se pense, no cárcere do pecado. Um espelho bem polido e limpo se embacia ao mais leve sopro. A centelha na roupa deixa uma queimadura; assim a pureza está sempre em perigo. O caminho do pecado é escorregadio; quem te segura os passos para não caíres no abismo? “Trazemos o tesouro da pureza em vaso quebradiço”. O que fazes para não cair?

Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.

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