Uma pessoa sem religião é como um filho ingrato que despreza o pai. O bom filho deve respeitar e obedecer aos pais. O ateu, o homem que diz que não precisa de Deus, é um ingrato, pois a vida, a saúde, a vista, a fala, tudo lhe é concedido por Deus.
O homem religioso, ao contrário, reconhece os benefícios de Deus e quer fazer a Sua Santíssima Vontade.
Se Deus manifestar sua vontade, se Deus revelar aos homens qual o caminho que devem seguir para Lhe agradar, ou em outras palavras, se Deus ensinar qual a religião que o homem deve abraçar, a pessoa religiosa fica satisfeita de conhecer a vontade de Deus e, como bom filho, só tem um caminho a seguir, que é obedecer a Deus, nosso bom Pai.
Neste mundo, nós somos viajantes: não viveremos eternamente nesta terra. Devemos caminhar para a outra vida, que será ou com as bênçãos ou com as maldições de Deus.
Quem quiser por toda a eternidade ter as bênçãos de Deus precisa, neste mundo, seguir o caminho que Deus indicou. Este caminho é a religião verdadeira.
Não adianta seguir qualquer caminho, como se todas as religiões fossem boas, como ensina erradamente a Legião da Boa Vontade. E’ preciso seguir o caminho que Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, nos ensinou. Assim como quem vai para uma cidade precisa tomar a estrada que leva para aquela cidade, assim também quem desejar chegar até Jesus Cristo deve andar no caminho certo que o próprio Cristo nos indicou.
Nós veremos depois que o único caminho indicado por Nosso Senhor Jesus Cristo é a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Todas as outras igrejas ou religiões, mesmo que digam seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, como acontece com os protestantes e até com os espíritas, são religiões inventadas pelos homens, pois surgiram mesmo muito tempo depois que Jesus Cristo esteve nesta terra.
E Jesus Cristo disse: quem não acreditar em Mim e no que Eu ensinei não será salvo, isto é, não terá a felicidade eterna.
Acreditar em Jesus Cristo é aceitar a doutrina que Ele nos ensinou, através dos seus Apóstolos e de sua Igreja.
Os Apóstolos reuniram as verdades fundamentais de Jesus Cristo no “Credo” que também se chama “Símbolo dos Apóstolos”. Diz-se símbolo porque é um sinal distintivo do cristão como a bandeira é símbolo da Pátria.
Os Apóstolos, antes de se espalharem pelo mundo para ensinarem a doutrina de Cristo a todos os povos, conforme a ordem de Nosso Senhor, compuseram o “Credo” para que todos os cristãos aprendessem logo, de memória, as doutrinas fundamentais da santa fé.
Os primeiros cristãos rezavam o “Creio em Deus Pai” como nós, os católicos, rezamos. Também assim fizeram os mártires do Cristianismo e os grandes santos Padres e Confessores.
Naquele tempo não havia protestantismo nem espiritismo. Mas já havia a Igreja Católica, Apostólica, Romana, porque foi em Roma que o Príncipe dos Apóstolos, São Pedro, estabeleceu a sua sede de primeiro Papa.
Em cada reunião de Catequese nós iremos ouvir alguma coisa do “Credo” de nossa santa Religião, ouvindo a mesma doutrina que quatrocentos milhões de católicos de todo o mundo admitem.
E assim nós cumpriremos com nossa missão nesta terra. Porque o homem foi criado para conhecer, amar e servir a Deus, neste mundo, para depois possuir a Deus para sempre no céu.
Na Catequese conheceremos melhor a Deus. As crianças precisam do Catecismo, mas os adultos também não podem dispensar a Catequese.
Os santos ficaram santos, porque procuraram conhecer, cada vez melhor, as verdades da Religião Católica.
Grandes homens sempre honraram o Catecismo. Quando D. Pedro II, Imperador do Brasil, estava para morrer, perguntou ao médico se tinha filhos. “Pois não, Majestade, disse o médico, tenho seis”. “Pois bem, doutor, quero dar-lhe um conselho, que é de um moribundo, com experiência de muitos anos: Faça educar seus filhos religiosamente. Eu, para minha infelicidade, passei a mocidade sem influência benéfica da Religião e isto me fez muita falta em toda a minha vida”.
O Imperador D. Pedro II reconhecia, no leito da morte, que o melhor livro para se ensinar a viver é o Catecismo, a explicação da Santa Religião. O grande escritor Vitor Hugo fez esta confissão: “Seria necessário levar à cadeia os pais que mandam seus filhos a escolas onde não se ensina Catecismo”.
Há alguns anos foi construído um grande navio, a que deram o nome de Titanic. No casco deste navio foi escrita a orgulhosa frase: “Com ele nem Deus pode”. Na primeira viagem que o navio fez, chocou-se com um enorme bloco de gelo que flutuava, abrindo uma grande brecha na proa. Em poucos minutos aquele colosso ia ao fundo, morrendo afogadas centenas de pessoas. Deus mostrou que pôde com eles.
A nossa vida se pode comparar a uma viagem de navio. Este barco chegará a seu destino se seguirmos a rota, o caminho que Deus nos traçou, a fé que Ele ensinou. Se não tivermos a verdadeira fé para nos servir de guia, se não praticarmos a verdadeira religião, não atingiremos o porto do céu e pereceremos nas trevas eternas.
Oração:
Senhor, creio firmemente que vós me criastes a fim de vos amar e servir nesta vida, alcançando assim o Céu que prometestes a todos que procedem como vossos verdadeiros filhos. Dai-me, ó meu Deus, uma fé muito profunda e grande desejo de aprender bem as lições que me ensinais pela vossa Igreja. Ensinai-me a praticar a vossa religião com toda sinceridade, sem respeito humano, acreditando firmemente na vossa palavra e vivendo de tal forma que em nada vos desagrade. Como penhor desta minha vontade de viver sempre de acordo com os vossos ensinamentos, quero agora repetir o “Credo” que no momento do meu batismo jurei para sempre viver :
Creio em Deus Pai . . .
Leituras de Doutrina Cristã, Parte I – Dogma, Padres Jesuítas de Três Poços, Pinheiral, Estado do Rio, 1958
Última atualização do artigo em 4 de fevereiro de 2025 por Arsenal Católico
