Morres, meu Deus, e morres de amor. “Amaste-me tanto, que teu Pai te entregou à morte por mim” (S. João). Quando eu morrer, meu Deus, morra também de amor a ti, e naquela hora seja o crucifixo a última coisa que eu beije. Seja a tua morte a minha vida, medite eu nela, e nela busque paciência nos trabalhos e tribulações, e abra-me ela por fim as portas do céu.
Ó meu amor! Que fiz eu quando tão desapiedadamente te maltratei com os meus pecados? Como não se agita o meu coração em ânsias de dor por te haver ofendido, e como não são os meus olhos fontes de lágrimas? Chorai, meus olhos, a morte de Jesus; mas chorai muito mais os meus pecados que a causaram. Amor e dor te peço, ó Jesus: amor imenso a Ti, que morres por meu amor; dor das minhas infidelidades, que assim te atormentam e te matam. Desde hoje moverei guerra de morte ao pecado, e farei obras de penitência por minhas culpas. Ajuda-me, meu Deus, a pô-las em execução.
Exercícios Espirituais Para Crianças, Fr. Manuel Sancho Mercedário, 1955.
Última atualização do artigo em 10 de maio de 2025 por Arsenal Católico