1. Ser-te-á suficiente não escandalizar a ninguém e não concorrer para a perdição do próximo? Terás por meritório não ter precipitado a ninguém na água ou no abismo? Se alguém, lutando com as ondas, precisar do teu socorro, negar-lh’o-ás? Não! Tão pouco podes ser indiferente quanto à sorte de tantas almas. Ou ousarás dizer: “Por ventura sou eu o guarda de meu irmão?” Que seria de ti, se Jesus, se os apóstolos e teus diretores espirituais assim tivessem falado! Deves fazer pela alma do próximo, quanto permitirem tuas forças.
2. a) São muitas as obras de misericórdia espiritual: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar aos ofensores, sofrer resignado as injúrias, pedir por vivos e defuntos.
b) O zelo pelas almas deve ser prudente e bem ordenado, paciente e perseverante. Não te envergonha o inferno, incansável na obra da perdição das almas? Oh! Como te agradecerão, um dia, os que salvaste! Não te faltam ocasiões; o verdadeiro zelo pelas almas as encontrará aos milhares. Já salvaste alguém? Ou mostraste, talvez, menor zelo por Jesus do que o inferno mostra contra Ele?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 10 de janeiro de 2025 por Arsenal Católico