1. Como o corpo carece de alimento para que possa viver, assim a alma precisa da graça da oração e das íntimas relações com Deus. Não será como que cego espiritualmente quem, por dias inteiros, não olha para Deus, presente em seu coração? Não será surdo, quem nunca ouve suas inspirações? Não será mudo, quem não sabe falar a Ele? Não será sem sentimento, quem não admira a grandeza, a santidade, a bondade de Deus?
2. Não seja teu coração uma feira onde para todos há lugar, menos para teu Deus e Senhor. Quanto bem te far-te-ia um santo recolhimento! Receias incorrer na censura do próximo? Podes e deves ter relações com ele, enquanto preciso e útil, mas sempre dum modo que impressione bem ao próximo e não te afaste a ti nem a ele de Deus. Os santos, por acaso, foram membros inúteis da sociedade? De forma alguma. E, entretanto, em íntimo recolhimento conversaram sempre com Deus, achando nisso as forças para feitos grandes por Deus e por teu próximo. Por que não os imitas em seu procedimento, se tanto desejas segui-los na glória e recompensa eternas?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 10 de janeiro de 2025 por Arsenal Católico