1. O ano está a findar-se. A quem deves a graça de veres ainda seu fim? Favores sem número, sem limites, recebeste de Deus. Ele conservou-te a vida, preservou-te de inúmeros perigos; salvou-te em outros e provê a todas as tuas necessidades. Na vida espiritual favoreceu-te com benefícios ainda maiores. Quantos sacramentos administrados, quantos ensinos e exemplos, quantas boas inspirações, não concedidas a outros! Com Maria podes dizer: “Grandes coisas me fez quem é poderoso.” És grato como ela? Como mostrarás praticamente tua gratidão a Deus?
2. Este último dia do ano não deve passar sem que te arrependas de ter abusado de tantas graças, esperdiçado e empregado mal tantos instantes, deixado sem fruto tantos meios de salvação e até ofendido frequentemente a quem é teu benfeitor e amigo sem igual. Será este ano a teu favor na balança do Supremo Juiz? Ou prevalecerá, talvez, o mal? Seja sincero teu arrependimento, grande tua gratidão e, daqui por diante, inexcedível teu fervor.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 18 de janeiro de 2025 por Arsenal Católico