A ociosidade

1. Anda ocioso quem não faz nada; anda também ocioso quem não faz bem o que deve fazer. Por acaso teu passado te dará direito à ociosidade? Não; pois pouco fizeste para o céu, e por muitos pecados ainda tens de prestar satisfação. O futuro é incerto; se for teu, deves preparar-te para nele ajuntares frutos; se não for teu, em breve já não terás mais tempo, e te expor-te-ás ao perigo de chegar com as mãos vazias perante o tribunal divino, semelhante ao mau servo, que enterrou o talento e por isso foi condenado.

2. a) A ociosidade é uma ingratidão contra Deus, que te deu as forças da alma e do corpo para as aproveitares em seu serviço; é uma injustiça contra a sociedade e a Igreja, que exigem membros ativos; é um prejuízo dado ao próximo, talvez seduzido pelo mau exemplo.

b) A ociosidade é a mãe dos vícios. Ela enfraquece e desvia a razão, preparando o caminho ao orgulho, à dissipação, à impureza, etc. O ocioso é a árvore sem frutos, da qual foi dito: “Toda a árvore que não dá bom fruto será cortada e lançada ao fogo”

Em que deverás corrigir-te? Um exame de tuas ocupações quotidianas mostrá-lo-á.

Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.

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