1. “Alegrai-vos e exultai, porque alto galardão vos espera no céu“. As alegrias do céu são tantas que não é possível encará-las devidamente de uma vez. Se amigos verdadeiramente bons já na terra muito contribuem para tornar mais intensiva a alegria, o que será no céu, na companhia dos anjos, dos santos, do próprio Deus? Difícil é achar-se na terra amigos de todo bons. O caráter, a educação, a maior ou menor ilustração, as ideias, a cobiça, etc., prejudicam a completa harmonia. No céu, porém, a união de vistas é perfeita, a amizade sincera e constante.
2. Não há no céu quem inveje tua sorte feliz que nunca, nunca terminará. O grau diferente da glória, segundo os méritos maiores ou menores, tão pouco causará desgostos, como a criança não inveja a veste maior do irmão mais alto. Cada um antes se compraz da felicidade do outro Santo, como de sua própria, bem como a mãe participa das alegrias do filho. E a quem lá encontrarás? A quem poderás chamar de irmão em Deus?… Nenhuma separação mais! Afeição pura, ardente, eterna! Não vale este céu toda sorte de sacrifícios?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 24 de dezembro de 2024 por Arsenal Católico