1. Na cruz está agonizante, entre indizíveis tormentos, o Mártir divino. é teu salvador, pois, para te salvar, nasceu, viveu, ensinou, padeceu e morreu. Outro, a não ser Ele, isto é, Deus, não podia apagar as manchas feias do pecado e curar as chagas terríveis que ele causou. A ofensa do Infinito reclamava uma reparação infinita. O pecado é, pois, a causa da morte de Deus Filho. Em seus ombros carregou os pecados de todo o mundo, de todos os países, de todos os tempos. Talvez tivesse sentido os teus como muito pesados e dolorosos. Os judeus eram os instrumentos culpados da justiça divina, mas tu e os demais pecadores a verdadeira causa. Vê quanto custou a Deus tua libertação!
2. Pecando, de certo modo renovas a paixão de Jesus. Se ainda te não tivesse salvado, teria de padecer e morrer agora para te salvar. ousarias, pois, traí-Lo, arrastá-Lo, açoitá-Lo, feri-Lo com espinhos, crucificá-Lo, traspassar-Lhe o coração? Não digas: “Assim não o pretendo”. Verdade é que os pecados são os algozes de Jesus.
Se o sangue de Jesus não te curar, perder-te-á, aumentando tua responsabilidade. Darás ao demônio o prazer de pisar o sangue divino em tua alma condenada.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 12 de março de 2025 por Arsenal Católico