1. Perde-se o tempo, não fazendo coisa alguma; perde-se-o, não fazendo como se o deve fazer. Sê solicito para pagares a Deus tuas dívidas enquanto Ele aceitar o pagamento. Cada momento pode ser o teu último. Em vão esperarás misericórdia na eternidade, se não a pedires na vida. Em vão chorarás na morte o tempo perdido, se agora o malbarateas.
2. Faze bom uso do tempo, quando o gastares no cumprimento do dever, ou na prática de boas obras. Eterna será tua recompensa. Também podes fazer valer as obras indiferentes. Estudar, comer e beber, dormir e descansar, serão atos meritórios: a boa intenção.
Renova esta, para não perderes, por inadvertência, considerável parte de tua vida e para dares maior valor às obras já em si boas. Com alguma boa vontade poderás expiar tantas faltas, e aumentar, enormemente, a recompensa eterna. Trata-se de tua alma, não de outra qualquer.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.