1. Não estranhes que Maria, na volta de Jerusalém, perdesse de vista seu divino Filho. Era tão extraordinária a amabilidade de Jesus, que atraía a todos, pelo que a Santíssima Virgem o julgava na companhia dos outros, onde quis deixá-lo, sem o reclamar para si. Por amor e em proveito dos outros, Maria renunciou por algum tempo à companhia de seu filho. O que fazes tu por teu próximo? “Ama teu próximo como a ti mesmo”: ama-o, pois, solicito em preservá-lo de males e em acumulá-lo de bens.
2. Com quanta dor e aflição Maria e José procuram seu filho. Nenhum trabalho os faz desanimar. Provação terrível que durou dias longos e noites mais longas ainda. Não o achando entre os parentes e conhecidos, não ficam contentes senão depois de o encontrarem.
Procuras com a mesma solicitude a Jesus, quando tiveste a desgraça de perdê-lo? Sentiste, como seus pais o sentiram, estar longe d’Ele? Ou foi isto indiferente para ti? Procurando-o, sabe que na companhia de amigos mundanos custosamente o acharás, mas facilmente o perderás.
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 1 de abril de 2025 por Arsenal Católico