1. Há só uma verdadeira desgraça: o pecado. tudo mais é menos grave. Pecando, preferes tua vontade à de Deus rompes com Ele. Mas quem é Deus a quem ousas ofender? É o Senhor que te criou, que é tão grande e santo, diante de quem se ajoelham todos os que estão no céu na terra e debaixo da terra. E quem és tu? Uma criatura ricamente adornada e distinguida, mas sempre criatura… mortal, pobre e fraca.
2. Pecando, ofendes teu Pai divino, a quem tu deves os dons da natureza e os da alma. Em verdade Deus tem toda a razão de se queixar: “Filhos alimentei e criei, mas eles me desprezaram”. Acresce que Deus odeia o pecado. Pecando estás, pois, do lado dos inimigos do teu Deus, e mais, tu mesmo és este inimigo. Aumenta-se a malícia, quanto mais viva é a consciência de que Deus vê tudo, que Ele ameaçou a quem o ofende, e que saberá executar suas ameaças. O pecado é a mais feia ingratidão. A ingratidão avilta-nos aos olhos dos homens; será menos desculpável a ingratidão para com Deus? Esquecerás tão facilmente quanto fez Deus por ti? quanto ainda hoje faz?
Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.
Última atualização do artigo em 5 de abril de 2025 por Arsenal Católico