A morte

1. a) Vem a morte, propagando o luto, fazendo emudecer a alegria, fugirem os amigos, correrem as lágrimas, separares-te de tudo e de todos. Mais: levas contigo a morte, pois, “és pó, e ao pó voltarás”. És condenado, por Deus mesmo, à morte, contra a qual não há médico nem remédio algum.

b) Morrerás, mas uma só vez. Passo decisivo, de que dependerá tua sorte eterna! Não é possível voltar. A morte virá, mas quando? Onde? Como? Virá de repente? Em breve? Bruscamente? Incerteza inquietadora!

2. A morte não respeita ninguém. Ela rouba ouro, prata e outros bens. Separa, arrancando os filhos aos braços dos pais, tirando estes aos filhos. Não há quem possa afugentá-la: nem conjurando, nem ameaçando. A morte entrega o corpo à podridão. Do corpo então cadáver, em pouco tempo só restarão ossos… a caveira. Eis a sorte da carne, tantas vezes adorada e preferida! A alma será entregue ao inexorável juiz. Ai dela, se estiver manchada por alguma culpa!

Tens certeza, de que tua morte ainda tardará?

Breves Meditações Para Todos os Dias do Ano, Frei Pedro Sinzig, OFM, Quarta Edição, 1921.

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